segunda-feira, 14 de julho de 2014

COISAS QUE APRENDI EM GAME OF THRONES

Recentemente acabei de assistir ao final da 4ª temporada de Game of Thrones, para quem não sabe, ela é uma série que se passa num mundo fictício ao estilo medieval, cheio de reinos, batalhas, reis, rainhas, príncipes, princesas e até dragões. Esse mundo é dividido em 7 reinos e todos lutam pelo famoso Trono de Ferro, que supostamente teria sido formado por mil espadas forjadas e que representa o poder sobre todos os reinos. Feita essa pequena apresentação gostaria de dissertar sobre minhas impressões e lições que tirei ao assistir até agora (pois ainda não chegou ao fim) dessa luta pelo poder nesse Jogo dos Tronos. Uma coisa muito marcante por lá são as Casas, que basicamente é o nome dado para família, no caso uma casa é uma família nobre. O nome da Casa é mais importante que os próprios membros da casa, muito se faz pela honra da família e todos se preocupam em como sua casa será lembrada futuramente, ao pensar nisso e comparar com nossa sociedade moderna, vejo o quanto esse valor familiar foi se dissolvendo durante o tempo, como os nomes das famílias já não são mais importante e como até os modelos básicos de formação da mesma veem sendo contestados. A família vem sendo uma instituição cada vez menos valorizada e até mesmo atacada ultimamente e o respeito familiar é outra coisa que já quase não existe mais, pois marido bate na mulher, o filho bate no pai, o neto bate na avó, o filho bate na mãe e por ai vai, num vale-tudo por dinheiro.
Outra coisa que me chama muito atenção é a palavra, grandes acordos eram selados somente pela palavra, ou como chamamos, acordo verbal, e raramente eram quebrados e quando eram o que rompia o acordo normalmente matava o outro, mas esse é outro assunto, o fato é que as promessas sempre eram cumpridas, não importasse o quão penosa seria a quitação da dívida. Se uma pessoa dissesse eu farei isso se você fizer isso, não era preciso um documento assinado por ambas as partes e com firma reconhecida, aquilo seria feito, seja pelo seu nome, ou por zelo ao nome de sua Casa. Hoje em dia vejo que esse é outro valor que se perdeu, hoje em dia as pessoas já firmam acordos sem a mínima intenção de cumpri-los, seja um casamento, uma compra a prazo, ou qualquer outro tipo de negócio. Inadimplência é uma coisa corriqueira e mesmo que tudo seja feito com mil assinaturas em mil papéis, se o acordo não for cumprido o processo pode nunca ser resolvido e a vítima nunca ressarcida. Como se não houvesse mais honra no mundo.
Por último, mas não menos importante, gostaria de falar sobre a vida, ou melhor, sobre a morte, que é outra coisa que me chamou muito a atenção na série, por vários motivos, um por ser uma coisa extremamente comum, e você pode pensar que ela é realmente comum, mas não como lá, nos sete reinos existe uma frase em Alto Valeriano que diz Valar Morghulis, que significa Todo homem deve morrer, e que é muito usada para lembrar aos personagens o quão fugaz é vida terrena e que não devemos nos prender a ela. Lá qualquer coisa pode resultar em morte, uma ofensa a pessoa errada, estar ao lado de alguém que fez uma coisa errada, ser da família errada, possuir uma coisa que o outro quer, estar no caminho de alguém, ser acusado de traição, descumprir uma palavra, como disse acima, e vários motivos que hoje em dia seriam facilmente resolvidos diante de um tribunal, ou até mesmo nas pequenas causas. Percebi então como as coisas são mais importantes quando tudo vale a vida! As pessoas pensam mais antes de falar, pois uma ofensa a pessoa errada, ou na hora errada, ou até mesmo uma má interpretação pode levar a morte de quem falou. As pessoas levavam a sério sua palavra e suas promessas pois o não cumprimento poderia levar a morte. As pessoas pensavam duas vezes antes de cometer um crime pois seriam mutiladas ou mortas instantaneamente. Outro fator que me chocou sobre essas mortes todas, foi em pensar o quanto devemos aproveitar aqueles que amamos, pois como muitos dos personagens que nos apegamos são surpreendentemente mortos na nossa frente e nos pegam de surpresa, e vemos como os personagens nem tiveram tempo de aproveitar sua família e fortuna, assim também acontece conosco, pois apesar de não mais vivermos numa idade das trevas e sermos protegidos por leis, o crime ainda existe, as fatalidades existem e por isso temos que aproveitar ao máximo aqueles que amamos, pois nunca saberemos ao certo quando a morte virá nos separar. Uma frase que me marcou foi dita pelo professor de dança (espada) de Árya Stark, ele disse: Só existe um Deus, A Morte, e o que dizemos pra ela? Hoje não! Em suma, aprendi que devemos dar mais valor as nossas famílias, não importa se temos sobrenome famoso ou não, se sua família é rica ou só um Silva, o que importa é que é a Sua família! Aprendi que devemos cumprir mais nossa palavra, prometer menos, honrar nossos compromissos, sem pensar em artimanhas jurídicas ou desculpas esfarrapadas aqueles que amamos, se disser eu vou, vá. Se disser eu pago, pague. Se disser eu te amo, ame!
E por fim aprendi que temos que valorizar a vida, seja a nossa, seja a de quem for, porque é muito triste perder quem amamos, mas muito mais triste é não amar verdadeiramente quem dizemos que amamos, aprendi que devemos nos arriscar mais, porque todo homem e mulher deve morrer e viver uma vida sem riscos não nos livrará da morte, apenas nos impedirá de viver.

segunda-feira, 30 de junho de 2014

SE DÊ MOTIVOS!

Andei pensando sobre o que seria o segredo do sucesso, qualquer sucesso, não apenas do sucesso que o deixa famoso, qualquer coisa que atinja o significado da palavra sucesso, qualquer vitória que fosse. Seja terminar de ler um longo livro, desengavetar um velho projeto, abrir aquela empresa, se casar com a namorada, comprar o carro dos sonhos, lançar um livro, comprar a casa própria e acho que já deu pra entender. Então comecei analisando cientificamente qual foi o fator preponderante em todos os meus fracassos, qual seria o x em comum em todos eles e cheguei a uma conclusão até que simples. Sempre fora a desmotivação a causa de minhas derrotas pessoais e talvez se você se auto analisar possa chegar a uma conclusão similar. E percebi que o segredo do sucesso em qualquer área é a capacidade de se auto motivar. Manter a motivação inicial, aquela empolgação que você tinha no inicio, que aos poucos possa ter deixado se extinguir por conta das dificuldades e obstáculos que surgiram pelo caminho. A capacidade de se manter firme e focado no objetivo final, no prêmio a ser alcançado, esse é o segredo do sucesso. Todos os vencedores, se analisarem suas biografias tiveram grandes obstáculos a serem superados, mas nunca desacreditaram de seus sonhos e conseguiram de uma forma ou outra manter acesa aquela chama que os induzia a continuar na busca de suas metas. Sei por experiência própria o quanto é difícil se manter motivado, sempre fui do tipo de pessoa que se entedia fácil com coisas e pessoas. Acho que por isso tenha tantos amigos e já tenha feito tantas coisas diferentes na vida e não me fixado em nada nem em ninguém. Mas isso não me é motivo de orgulho e também não me fez feliz, pois percebi que é a insistência que trás a vitória e para insistirmos é preciso motivação. É preciso que tenhamos vontade de continuar por um caminho que talvez não esteja nos agradando no momento, que talvez esteja muito difícil e doloroso, que esteja nos machucando e que faça com que nossa vontade seja jogar tudo pro alto, ou chutar o balde, como dizem.
Quando estamos desmotivados não olhamos mais para o sonho com os mesmos olhos dos apaixonados dos primeiros três meses de um namoro, já não achamos aquilo tão importante, tão necessário nas nossas vidas a ponto de lutar por aquilo. Nos damos desculpas esfarrapadas para nos convencer que aquilo não é mais prioridade e que devemos mudar de disco, passar para outra e buscar aquela sensação que tínhamos no inicio em um outro sonho, uma outra meta que nos dê aquela sensação gostosa que tínhamos antes. Mas esse não é o caminho, o segredo é redescobrimos sempre aquela sensação dentro do mesmo objetivo, dentro da mesma relação, dentro do mesmo sonho. É descobrimos métodos que nos façam lembrar aquela sensação, o porque de que queríamos aquilo, ou aquela pessoa, o segredo, é se auto motivar. Quando se sentir sem forças pra continuar corra atrás da sua motivação, seja ouvindo um música que seja poderosa pra você, ou vendo um filme daqueles, ou fazendo uma viajem ou programa diferente e romântico com a pessoa que você escolheu para você, ou lendo um livro relacionado ao seu sonho. O negócio é não deixar a peteca cair, frase essa bem antiga e profundamente verdadeira e se você tiver menos que trinta digite peteca no google. Se precisar, faça uma lista com os motivos que você tem para conseguir ou manter aquilo, e mantenha num lugar bem visível, pra que você não se esqueça nunca o porque de tantos sacrifícios, tantas lutas e provações. Seja o motivo que for, o importante é que que ele te faça levantar da cama com um sorriso no rosto e força suficiente para pular qualquer obstáculo que apareça e força para retirar qualquer pedra do seu caminho rumo a realização do seu sonho.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Prefiro morrer do que perder a vida!

Muitas pessoas pensam que essa é apenas mais uma frase boba do Chaves, mas a verdade é que essa é uma das frases mais sábias que o nosso querido órfão pronunciava e nos ensinava todos os dias. Algumas pessoas acham engraçado pois pensam que “morrer” e “perder a vida” na frase significa a mesma coisa, e que a ingenuidade do menino do barril estaria gerando uma redundância. A verdade é que ao escrever a frase o autor propositalmente deixou a ambiguidade no ar, para que gerasse o humor, sim, mas também que para aqueles que soubessem ler nas entrelinhas pudessem captar o seu maior significado. Nos dias de hoje existem mais pessoas “perdendo a vida” do que “morrendo” propriamente. Estão por ai perdendo a vida em empregos que não os fazem felizes, tomando seu tempo e energia e só trazendo desgostos, cansaço e uma remuneração que raramente condiz com seu desgaste. Tem muita gente perdendo a vida em relacionamentos que mais machucam que realizam, relacionamentos onde são humilhados, dominados, explorados, abusados e dos quais não saem por medo, medo do que? De viver? Existe muita gente perdendo a vida por ai, quando deixam as oportunidades de realizarem seus sonhos passarem sem tomarem nenhuma atitude, perdendo a vida ao arrumar desculpas para não ser feliz, para não arriscar, para não tentar a sorte. Perdem a vida os que estão nos escritórios sonhando com palcos, os que são tristes funcionários sonhando com o próprio negócio. Os que sonham em ser feliz no amor, mas não abrem seu coração a uma nova tentativa. Janis Joplin uma vez disse que é melhor viver 10 anos de uma vida efervescente do que 70 anos em frente a televisão. Ela não conhecia nosso querido Chavito, mas com certeza entenderia o que ele estava nos dizendo.
Estamos na era onde existem inúmeras formas de perder a vida, seja uma rede social, um joguinho viciante, um app, drogas pesadas ou qualquer coisa que apenas simule a vida. Assim como morrer é diferente de perder a vida, viver é diferente de estar vivo, pode-se muito bem estar vivo sem viver, ou você acha que alguém condenado a prisão perpétua está vivendo. Ou alguém que está há 20 anos casado com uma pessoa que não ama está vivendo? Ou um funcionário público que detesta seu cargo mas está com contas até o fim da vida pra pagar está vivendo? Não! Viver é diferente, viver é poder sorrir enquanto trabalha, de satisfação com o que faz, viver é poder dizer ao parceiro ou parceira que o ama todos os dias e ser verdade, é poder curtir a liberdade em todos os sentidos, liberdade de ser quem realmente é, liberdade de fazer o que gosta, de estar com quem gosta e amar os instantes e os dias com a intensidade que o faria o que saiu da prisão. É curtir a natureza, dar bom dia aos estranhos, fazer novas amizades, lutar pelo seu pão sem pisar em ninguém, dar a mão a quem está no chão para ajuda-lo a se levantar, é dançar quando toca aquela música sem se importar com quem está olhando, e principalmente é ter coragem de viver, porque viver dói, porque nem tudo que arriscamos dá certo sempre, mas só dá certo, quando arriscamos e ai é muito gostoso! Assim como o Chaves, prefiro mil vezes morrer do que perder a vida! E você?